Abaixo vai, de uma maneira um pouco mais caprichada, o esquema da aula de hoje.
Relembrando, estamos interpretando uma matriz de linhas e colunas como uma transformação linear . Não precisamos supor nada sobre a matriz além de ser , e concluímos muitas coisas interessantes. Repetir todos os passos abaixo é um ótimo exercício.
1) Os espaços vetoriais e e o Teorema Posto-Nulidade
São definidos como
As dimensões destes espaços vetoriais (provem que são!) têm nomes especiais: nulidade e posto (nullity e rank), respectivamente:
Estas duas quantidades são relacionadas pelo chamado Teorema do Posto-Nulidade:
A prova envolvia uma escolha de base para “adaptada” para o subespaço , i.e., uma base tal que os primeiros vetores () geram e o restante ( vetores) cobre o complementar:
con
A prova envolvia basicamente mostrar que eram uma base para Refaçam!
2) Posto linha = Posto coluna
Vimos que podemos aprender um pouco mais se explorarmos a transformação linear associada à matriz transposta: . Tudo que fizemos acima pode ser refeito aqui. A novidade é que podemos agora “compor” as transformações (veja a figura), e considerarmos também a transformação linear .
O resultado fundamental era que (reproduzam!), o que via o Teorema Posto-Nulidade nos dá .
Da figura, temos claramente que , e portanto
Bem, aqui o argumento é que poderíamos repetir toda a construção, mas olhando agora para a composição (façam!). Com isso, obteríamos essencialmente , o que nos leva ao resultado festejado
,
i.e., o número de colunas LI de uma matriz é igual ao número de suas linhas LI!
Tínhamos também um resultado intermediário curioso:
Elaborem um pouco mais e convençam-se que
( = soma direta de espaços vetoriais, veja definição 3.4.2 do Pulino.)
Tudo isto é fortemente influenciado, pra não chamar de “cópia deslavada”, deste excelente artigo da nossa querida American Mathematical Monthly. Divirtam-se! O autor, Gilbert Strang, tem (ou tinha) um fantástico curso on-line de Álgebra Linear (do MIT). Seus livros do assunto também são muito bons.
IMPORTANTÍSSIMO. Hoje, na aula, dei uma informação incorreta. Disse que este material não fazia parte do conteúdo da P1, e FAZ! Confiram na ementa oficial os exercícios correspondentes do livro do Pulino para a P1.
Há um outro Alberto no IMECC, com igual bom gosto matemático e futebolístico, quem me alertou que o esquema dos subespaços vetorias e no esquema do post pode levar a confusão, pois parece que sua intersecção seria uma linha reta e não um ponto. Uma representação mais fiel seria como a da figura abaixo.
Sobre a prova de que , vejam primeiro que a inclusão é direta. Para mostrar que também temos , considerem
mas a última igualdade implica que , certo? 🙂 Veremos em breve que essa construção está relacionada à ideia de norma de vetores…
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[…] esquerda, comparem com o caso acima. A matriz é invertível, já que , vejam a discussão deste post. Neste caso, […]
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[…] que , com . (Convençam-se disto! Este material de um curso anterior pode ajudar). Como o nome sugere, o funcional tempo nos permite […]
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